Ao gerar as contradições promove-se a superação do saber imediato, no mediato, possibilitando a elaboração de nova síntese, promovendo a aprendizagem, que é ponto de chegada. Esse torna-se imediatamente em um novo ponto de partida para novas aprendizagens.
A elaboração dessa nova síntese é composta por etapas interligadas e interdependentes, que ARNONI (2004) denomina de Resgatando/Registrando, Problematizando, Sistematizando e Produzindo.
Analisa-se, primeiramente na RELEITURA DAS MATÉRIAS MÉDICAS a “essencia” da substância do medicamento. Observa-se a sua origem na natureza, as características do ambiente onde é encontrada, a dinâmica da substância nas intoxicações, para estabelecer analogias entre essas características da substância e os sintomas nas experimentações puras e assim entender a essência ( = informações sutis) transmitidas pela substância e a similaridade com o experimentador e/ou paciente.
Estabelecer a bipolaridade dialética da medicação, nas modalidades: Desejos – Aversões, Piora – Melhora, bem como construir a polaridade oposta para aquelas MATÉRIAS MÉDICAS que não as contém, sem perder de vista a totalidade, que é a visão de conjunto.
Propõem-se estabelecer ainda, a dialética dos sintomas (gerais, mentais, locais), estabelecendo-se interconexões e correspondências entre os sintomas mentais e sua correspondência analógica no corpo. E finalmente a construção o Tema, que corresponde à qualidade, que por sua vez também corresponde a uma quantidade de sintomas.*A Professora Maria Inez Nogueira Garcia foi responsável pela disciplina de Metodologia de Pesquisa e Ensino do CEHL entre 2006 e 2009, e é autora do trabalho “A Experiência Dialética no Método de Ensino do CEHL”.